INTRODUÇÃO: A obesidade pode causar alterações ósteo-articulares pelo excesso de massa corporal, diminuição da estabilidade corporal e aumento das necessidades mecânicas para adaptação da postura corporal. A quantificação dessas alterações não é tão discutida na literatura. OBJETIVO: Analisar o controle postural em crianças com sobrepeso e obesidade através de parâmetros estabilométricos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada com 101 crianças de uma escola da rede particular de ensino regular da cidade de Londrina no Estado do Paraná, as quais foram divididas em 3 grupos disitintos: Grupo Controle, composto de 50 crianças de ambos os sexos (16 meninos / 34 meninas), com percentil de índice de massa corporal maior que 5 e menor que 85, classificado como peso normal; Grupo Sobrepeso: 18 crianças de ambos os sexos (8 meninos / 10 meninas), com percentil maior ou igual a 85 e menor que 95 e Grupo Obeso: formado por 21 crianças com obesidade de ambos os sexos (11 meninos / 10 meninas), com percentil maior ou igual a 95. Para a coleta dos dados foi utilizada uma plataforma de força com sensores de quartzo piezoelétricos de 1.600 captadores com programa "Footchecker 3" o qual permite uma análise estabilométrica, da descarga de pressão e tempo de contato do pé com o solo em posição ereta estática ou dinâmica, com uma freqüência amostral de 50 Hz. Foram mensuradas as medidas de peso e estatura dos três grupos de crianças. As crianças foram orientadas a ficar em postura ereta irrestrita; com os pés descalços sobre a plataforma em posição normal; braços alinhados ao longo do corpo; cabeça em posição neutra; olhar em um ponto fixo na parede a um metro de distância. Para a análise estatística dos dados foram utilizados os programas Excel e Microcal Origin 6.0. CONCLUSÃO: Foi possível observar que as crianças obesas apresentaram maiores valores de velocidade de deslocamento e deslocamento radial quando comparados com crianças com peso normal.

Palavras-chave: Obesidade nas crianças, Postura humana, Crianças, Fisioterapia